domingo, julho 15, 2007

Meio termo


Outro dia prometi a mim mesma que evitaria ficar apontando os defeitos e "gafes" das pessoas. E quem é que nunca fez isso? É feio sim, e confesso que sinto vergonha.


Aí, já em meio à crise de consciência, parei e me olhei no espelho. Não o espelho do banheiro que fica embaçado depois do banho. Um outro espelho, que nos mostra por dentro. Eu encontrei muitos defeitos. Um deles incomoda um tantão a mim e as pessoas que estão por perto: a ansiedade.


Se é que esta é a melhor definição. Tentarei explicar...

Gosto de tudo preto no branco, assim como as letrinhas numa página de jornal. Primeiro o lead, depois os detalhes e sem enrolação, por favor. Todas as coisas e assuntos precisam estar bem esclarecidos, para não ficar dúvidas. O combinado é combinado e aí não cabem imprevistos (só se avisados e com antecedência).


Fico agoniada, irritada e chateada com atrasos e promessas não-cumpridas. Crio expectativas e esperar me faz mal. Muito mal. Não costumo esperar a poeira baixar porque quero resolver logo qualquer problema. E isso é ruim porque cabeça quente só faz besteira. Mas eu insisto e exagero algumas vezes. Não durmo direito quando tenho problemas, mesmo quando eles podem esperar para ser resolvidos.


Comigo não tem meio termo: ou é ou não é. Ou quer ou não quer. Como disse ali em cima, a comunicação precisa que ser clara. E fácil. Não consigo entender como que em um mundo cheio de tecnologias as pessoas esqueçam de dar uma olhada na caixa de e-mails. E o celular? Para que ele existe? Quem não quer ser encontrado que não compre um aparelho!


Claro, claro. Eu sei que nem sempre é possivel atender o telefone e nem sempre tem um computador por perto. Eu compreendo, às vezes. E que fique bem claro: às vezes. E eu passo mal. Descabelo. Fico maluca, preocupada, ansiosa. Não aguento esperar e exagero. Faço suposições insanas, penso no pior. Sofro à toa, já que minutos depois o telefone toca, o e-mail é respondido e o atrasado finalmente chega.


E, por tudo isso, me rotulam, me criticam. Sem saber que eu já faço isso o suficiente. Minha auto-crítica é ferina! E repetem que eu quero tudo do meu jeito...Ora, se eu tenho o 'meu jeito' de cobrar, devo analisar as situação sobre a ótica do 'meu jeito', logo não há como eu avaliar de outra forma. Tento, sim, me imaginar na situação alheia, mas cá pra nós, nem sempre eu consigo.


Queria ser diferente. Ah, como eu queria! Mas, por enquanto aí vai o recado:


"Nunca me prometa o que você não sabe se vai conseguir cumprir. Nunca me fale sem ter certeza. Eu não vou entender".Eu não falo da boca pra fora e nunca prometo o que não posso cumprir."


O recado está dado...

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