segunda-feira, abril 23, 2007

A igualdade dos tolos (to brava hoje!)

Tão nocivo quanto o problema da desigualdade, só o mito da igualdade.

Em nome dele, os guardiões da ética perseguem o pacto nacional da mediocridade.
Já diziam os líderes do MST: não basta distribuir a terra, é preciso punir os fazendeiros. É nessa linha que a classe média, coitada, que mora num conjugado em Copacabana e é chamada de “rica” pelas estatísticas, vai sendo enforcada por uma carga de impostos cada vez mais absurda, que a impede de consumir e aquecer a economia – tudo em nome da “igualdade”.
O Ipea está comemorando “uma significativa redução na desigualdade de renda no Brasil” entre 2001 e 2005. O índice de Gini caiu 4,6%. É claro que, hoje em dia, esse tipo de informação sai do governo como press release do Bolsa Família.
Chato é constatar que parte dessa “melhoria social” deve-se ao esfolamento dos 10% mais ricos, cuja renda caiu no mesmo período – lembrando que, no Brasil, o sujeito que ganha 2 mil reais por mês é considerado “mais rico”.
Ou seja: chegaremos ao paraíso no dia
em que todos os brasileiros estiverem
descalços na esquina pedindo
trocado para carros imaginários.

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