sábado, abril 01, 2006

Uma Grande Lição_ meu aniversário, hoje...

"Ao envelhecer, parei de escutar o que as pessoas dizem. Agora só presto atenção no que elas fazem." --Andrew Carnegie


Na minha mais pura humildade, me questionei hoje sobre como 'Deus' se sentia hoje por ter me "entregue" há 24 anos atrás, nesse mesmo dia... Será que venho cumprindo bem o meu papel??
As vezes acho que sim, muito bem por sinal, outras percebo que nem passo perto, mas sinto que estou no rumo certo... não 'trilhando o caminho adequado', mas com as melhores intenções...se assim posso dizer.
Hoje consigo obter mais de um momento, consigo ver mais do mesmo.
A vida é uma série de puxões pra a frente e pra trás. Quero fazer uma coisa, mas sou forçada a fazer outra. Já não me cedo tão facilmente. talvez por isso venho tendo maiores desafetos e discussões freqüentes(...)
Algumas coisas ainda me machucam, apesar de saber que não deviam, meu pai é a maior delas. Dimitri a outra, mas as duas atuam de forma distinta, felizmente. Do contrário, enlouqueceria. Outras pessoas ainda insistem, por isso meu sorriso, meu escudo de sempre. Minha forma mais eficaz de evitar uma decepção ou, pelo menos, demonstrá-la.
Sou instiga a aceitar certas coisas como inquestionáveis, mesmo sendo convicta de que nunca aceito nada como absoluto(vindo de terceiros). Mas muitas vezes minha personalidade e convicções não passam de "cabeça-dura"...(como era mesmo a nova expressão????)... ... Ah! Tinhosa! Mas até que essa não me incomoda, achei carinhosa.

Nessa minha vidinha vejo tanta gente anda de um lado pro outro levando vidas sem sentido. Parecem semi-adormecidas, mesmo quando ocupadas em coisas que julgam importantes. Não entendo como vivem assim, mas tenho minhas suposições. Não suponho que isso aconteça por não terem objetivoa, mas por estarem atrás do objetivo errado. Não sei bem como explicar, mas são essas as pessoas que me irritam com facilidade.

Falando em objetivos, não conseguiria definir o meu em menos de trÊs linhas(sendo explícita e com letra pequena, rs). Bem... enquanto não correr atrás de um objetivo, não corro o risco de estar em busca do errado, né?
Só sei que por diversas vezes dou mais sentido à vida dos outros que à minha. Sinto necessidade de me dedicar a criação de alguma coisa que alguém tenha alcance e sentido.
Às vezes, não acredito no que vejo e preciso acreditar no que sinto. Essas situações realmente mexem comigo... Me perco. Desconfio muito da minha intuição. Confio em mim, mas não nos meus instintos, muito menos nos dos outros. Tenho medo das pessoas. Mas se eu quiser que os outros confiem em mim, preciso sentir que confio neles. Mesmo que o escuro. Tenho medo de nunca alcançar esse estágio... Será?? Será que me falta sabedoria também pra isso???

Falando em me perder, me perdi em meu prórpio raciocínio agora... não sei como continuar...
Só sei que não estou feliz hoje. Mas é sempre assim. Esse lance de 'etapas' sempre me fazem refletir... Achei que hoje não conseguiria um tempo para escrever... tava quase enlouquecendo... Sinto que, enquanto não pôr pra fora, não ultrapasso o desafio. Enquanto não refletir sobre o que passou, não conseguirei seguir a diante.

Tenho tido tentativas desesperadas de furtar alguma coisa da bagagem da morte. A maioria de nós anda em círculos, como sonâmbulos. Não experimentamos a vida em sua plenitude, pq vivemos semi-adormecidos, praticando atos que automaticamente achamos que precisamos praticar. Como diriam os comunistas: "Culpa da mídia...blábláblá..."

Nesse meu ano que passou, me prendi muito. Não podemos nos prender, pq tudo é transitório.
Bloqueio minhas emoções quase que instintivamente. Sei que enquanto não me permitir ir fundo nelas, nunca conseguirei me desapegar, estarei sempre muito ocupada em ter medo.
Não tenho medo da dor, do sofrimento. Tenho medo da vulnerabilidade que o amor traz com ele. Mas, ando me atirando a essas emoções, mergulhando nelas até o fim. Prometi a mim mesma que iria até me afogar nelas; estou disposta a experimentar em toda a plenitude, completamente.
Nesse ano '23', soube o que é dor, o que é amor, o que é sofrimento. Sofri pelo que fiz, pelo que não fiz e, pior, pelo que não pude fazer; mais ainda, sofri por não ter feito algo que nem sequer sabia que poderia ter feito(se é confuso ao falar, imagine ao viver...) Dói, tá? Dói muito, mas se for pelo quesito 'amor', tenho que ir em frente. Prometi a alguém e a mim mesma que só abrirei mão quando Só então puder dizer "muito bem, experimentei essa relação, eu a reconheço, agora preciso me desapegar dela por um momento".... Tenho feito.
Ai, ai...
Me sinto sozinha a ponto de chorar, mas não deixo as lágrimas saírem porque acho que chorar não fica bem.
Amar pra mim, hoje, significa poder ser responsável pelo outro. Me sinto capaz disso! Talvez seja um pensamento precipitado, pois não sei se posso revelar minhas emoções e meus sentimentos. Falar com os outros. Sentir com os outros. Ainda me sinto presa ao remorso do que não aconteceu quando devia acontecer. Mesmo depois de tanto tempo; Precisamos me perdoar... pelo q não fiz...por tudo o que devia ter feito.
...
...
...
Isso é uma looooonga história...
Enfim... hoje, com 24 anos, eu só tenho medo é de dizer adeus!!!!!!! Enquanto puder ter meus amigos e minha família por perto, e, nos momentos de fraqueza, puder recordar a sensação de felicidade q tive, posso morrer sem desaparecer.... não que pretenda, né??
Todas as lembranças ficam.
Continuo vivendo.
A morte é o fim de uma vida, mas não de um relacionamento.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial