sábado, fevereiro 18, 2006

Madrugada em BH


Teorias na madrugada

Às três da manhã, recém chegada de uma festa de crianças(noh, adoro brigadeiro, odeio crianças; adoro pipoca, odeio crianças; adoro cobertura de bolo, odeio crianças)...
Escuto Norah Jones e me pergunto se é possível amar tanto assim. Não amar simplesmente, mas amar com essa vontade louca, esse coração apertado e forte. Será que tenho algum problema? Na minha idade seria natural sentir as tão famosas paixões violentas e arrebatadoras que vem e vão.
Abro a janela e vem um ventinho no rosto... tanta vida lá fora, mesmo as três da manhã e me pergunto se isso é importante agora. Agora que acabei de chegar... agora que descobri que é bom ter alguém... agora que cansei de viver apenas para mim.

Talvez eu deva dormir, estou começando a pensar demais. Acabei de lembrar de algo que li hoje ... um historiador grego conseguiu definir perfeitamente a Felicidade. Seu nome Tucídides, nascido em Halimonte, testemunhou a guerra do Peloponeso e escreveu a História da Guerra do Peloponeso, em oito volumes. Sua definição: O Segredo da Felicidade está na Liberdade (eu tinha pensado nisso bem antes de saber da existência deste "moço"). Portanto desvendamos aqui que a felicidade não pode ser encontrada no mundo material, pois quem quer a felicidade não é o corpo, mas a alma. Seremos felizes então somente nas questões da alma, encontrando um grande amor, que nos corresponda harmonicamente, meio que pode ser interrompido, ou conforme as instruções de Platão, através do conhecimento, este ninguém pode roubar e assim podemos fazer nossas viagens mentais usar as idéias que nos foram dadas pela natureza, e assim seremos felizes para sempre.
Felicidade.... para mim felicidade é um sentimento surreal, que varia de acordo com ... ... ... tudo! Também não quero explicar agora. As três e cinco da manhã...(Noh, eu gosto de BH d+! Não sei pq venho tão pouco aqui) Gosto de entrar no meu inconsciente. Tem muita coisa guardada dentro de caixinhas etiquetadas e, claro, tudo catalogado para que eu não me perca dentro de mim, pois se eu me perco , não me acho... e ninguém mais acha. Para que me entendam melhor, ou não entendam, na teoria de Descartes, o mais famoso filósofo francês que viveu na Idade Média, os pensamentos não estão contidos totalmente em nós, mas armazenados de uma forma extra-corpórea, e que conforme a necessidade, eles viajam até nosso corpo, e no cérebro são decodificados.

Acho que eu decidi a hora de ser achada. Será que acertei?!? Só pode...num tem como não ser a hora certa!? Sou complexa... sou difícil... Tenho manias que são características do meu próprio ser, e só eu me entendo. Mania de tudo! mania de fazer apostas comigo mesma, mania de cozinhar pra todo mundo sem saber se querem comer, mania de cores, de sons e vozes, mania de discutir e discordar, mania de obrigar as pessoas a experimentarem as coisas, mania de ter manis, mania de enjoar das coisas e das pessoas...
Mudei de assunto (que mania!)... isso sempre acontece. Estava a monologar sobre o amor. Odeio falar sobre o amor, afinal grandes escritores ja escreveram sobre ele antes e nunca chegarei ao mesmo patamar, portanto não esperem de mim uma definição concreta. Talvez um cigarro me explique melhor do que Tom Jobim, Vinícius de Moraes... Ops, parei... vou tentar um chocolatinho, então...
Agora vou dormir... este tal de amor dá sono, mas ainda me pergunto se vou dar conta desse tantão q eu sinto. Deve dar... num é possível, ne?
...
Noh, ow...chocolate é bom d+, né?
Melhor que cigarro...
pior que amor...

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Sem orkut

De cara lavada

hoje me desfiz dos meus bens
vendi o ego cujo tecido desenhei
e o scrapbook onde fizemos planos

a foto que fica atrás do bar
rifei junto com algumas quinquilharias
da época em que nos juntamos

o profile...
e as críticas foram adquiridos pela vizinha
testemunhas do quanto errei

os interesses doei para um asilo
sem olhar pra trás e lembrar
do que ali inventei

aquelas frases de Vinícius
foi de brinde com as montagens
e os que tanto reguei

coube tudo num "delet"
até a dor que não soube curar
mas que um dia vou

Parto para uma vida nova...